sábado, 30 de outubro de 2010

Infância...

Sozinha em meu quarto me vejo perdida em meus pensamentos. Recordando o meu passado, recordando lembranças boas de uma infância quase perfeita. Porque quase perfeita? Porque eu não fiz tudo o que queria fazer. Talvez por timidez, vergonha ou medo, não sei... Mas deixei de viver muitas coisas que eu sei que seriam divertidas. Sempre fui assim quieta, na minha, sempre tive uma timidez que me impedia de realizar certas coisas, de viver certos momentos. Até mesmo uma apresentação em sala de aula era o fim pra mim... Ver todas aquelas pessoas direcionando seus olhares de encontro ao meu me deixava tensa, nervosa, a beira de ter um treco. E isso me persegue até os dias de hoje... Acho até que nunca me deixará. Não me sinto a vontade quando há tantos olhos prestando atenção em mim, minhas mãos suam, tremem e minha boca fica seca. Isso não é normal eu sei. Ou até seja, já que eu não sou a única a sentir isso no mundo todo. Mas eu trago muitas outras lembranças da minha infância dentro de mim. Lembranças essas que me deixam na saudade, na ânsia de reviver cada momento novamente, só para ter o mesmo prazer que eu sentia. As coisas hoje em dia são muito diferentes do que eu passei. As crianças de hoje estão crescendo mais rápido, querendo virar adultos antes do tempo e com isso estão deixando de curtir uma fase na vida deles que é importante e que um dia irão sentir falta.Gostava tanto dos piques, de brincar de boneca, andar de bicicleta, jogar futebol com os meninos e meninas, ir para piscina... Até das briguinhas que tinha entre os grupinhos eu gostava. É, sinto tanta falta disso tudo e das pessoas que passaram pela minha vida. Ainda tenho “contato” com algumas delas, mas muitas nunca mais vi nem tive notícias. Não tenho do que reclamar não, fui muito feliz em toda minha infância e adolescência. Curti bastante, mesmo não tendo feito tudo o que eu queria ter feito. Errei muitas vezes, mas sempre busquei consertar meus erros e é por isso que hoje eu sou uma pessoa diferente. Não sou tão ingênua como era, não me iludo tanto como antes e sou mais firme nas decisões que eu tomo para a minha vida. Procuro sempre fazer o melhor para os outros e para mim. Não sou perfeita porque ainda falta muito para eu chegar nesse estágio, mas sei que sou muito boa. Pelo menos eu tento sempre fazer a minha parte e acho que aos poucos eu vou conseguindo. Quero ser uma adulta com pitadas de uma criança, sempre alegre, levando a vida com sorrisos e brincadeiras, com aquela sinceridade no olhar e com aquela certeza de que tudo é um conto de fadas, lindo e belo, onde nenhum mal vence. Sei que já cresci e não devo mais brincar das brincadeiras que brincava, sei que tenho minhas responsabilidades agora e que não posso ter atitudes infantis. Mas não vou deixar que a criança que existe dentro de mim se acabe com o passar dos tempos porque é ela quem alegra cada dia da minha vida e é por ela existir ainda em mim que eu sou feliz.

Juliana Viana

domingo, 24 de outubro de 2010

Uma noite diferente...

Pensei estar sentindo a presença de alguém onde eu estava, mas de tanto ver filmes de suspense e terror, imaginei que isso fosse coisa da minha cabeça e não disse nada aos demais que comigo estavam. Tentei fechar os olhos e dormir, mas não estava conseguindo, a presença ainda estava ali. Foi quando de repente aconteceram várias coisas estranhas naquela noite e, para alguns, uma onda de medo os engoliu, deixando que o pranto rolasse desesperadamente. Como que para outros o nervosismo era tanto que só conseguiam rir diante daquilo. Eu não tive medo, sentia que aquela presença era amiga, era boa, e mais, sentia que aquela presença era dela: da minha avó. Porém, não havia apenas a presença dela, mas de outra pessoa também, um desconhecido para nós. Só sentia uma angústia enorme no peito e uma sensação de como se alguém estivesse me enchendo de carinho e amor. Foi quando, não podendo conter mais a emoção do momento, desabei num choro profundo, entre soluços e babas. Chorei feito criança e aquele choro mesmo parecendo não ser meu, me trouxe certo alívio, me deixou com uma paz dentro de mim que parecia, naquele instante, que alguém me abraçava com bastante amor. Estávamos sem reação, não conseguíamos mais fechar os olhos e dormir depois do ocorrido. Ficamos pensando, analisando e discutindo o porquê aquilo aconteceu com a gente daquela maneira, nos causando arrepios, medos, nervosismos, choros... Então eu disse para eles: isso é só o começo. Concordaram comigo em silêncio, apenas movimentando a cabeça em sinal de positivo. Queríamos dormir, estava tarde demais. Fui até a sala e peguei um incenso para nos tranqüilizar e deixar o ambiente mais leve. Só então conseguimos pegar no sono e dormir tranquilamente. Porém, aquela noite, todo o ocorrido, jamais esqueceremos. Foi tenso, intenso e emocionante demais.


Juliana Viana

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sentimento...

É estranho ter um sentimento e ter que evitá-lo a todo instante quando o que você mais gostaria era vivê-lo sem receios, sem medos, sem que ninguém julgasse ou impedisse.Você se sente presa, angustiada, querendo de alguma forma extravasar tudo que está dentro do seu coração e certas vezes não pode ou não tem como fazer isso, por vários motivos. E não to falando de um sentimento em específico, mas sim da mistura de todos eles. Sentimento foi feito para se sentir, colocar pra fora, por mais que seja um sentimento de ódio ou raiva. Porque a partir do momento que você vive esse sentimento, coloca pra fora, você se livra de algo que estava te incomodando, te sufocando e fazendo mal a si mesmo. Você pode fazer isso de muitas maneiras e a principal é desabafar com alguém disposto a te ouvir e compreender o que você está sentindo no momento. Nem sempre a pessoa com quem você for desabafar saberá compreender tal sentimento e a força do mesmo, só quem vive sabe como é realmente. Mas pelo menos falar com alguém sobre isso já te deixa mais leve, mais solta, com sensação de liberdade. A parte ruim é quando você tem um sentimento inexplicável, que acontece “do nada” e você não tem controle sobre ele, você não sabe o que esperar ou o que fazer, você apenas sente e as pessoas muitas vezes não entendem isso. Às vezes penso que seria melhor não ter sentimento, ser uma pessoa fria, e só assim não haveria tanto sofrimento. Mas pensando bem, haveria sofrimento de qualquer maneira porque uma pessoa que não tem sentimentos, não vive, apenas existe. E não fomos feitos para isso, fomos feitos para viver, viver cada momento, cada sentimento, cada situação, mesmo aquelas em que se corre risco. Não somos pedras! Estamos sempre nos movimentando e indo em busca do que achamos melhor para nós, estamos sempre tentando, mesmo que possa parecer impossível uma vitória. Nada do que passamos é impossível porque Deus nunca dá desafios que não possamos vencer. Então se o seu desafio ainda não se cumpriu, continue tentando até que ele aconteça. Não deixe o cansaço te vencer antes do dever cumprido. Tenha força e fé sempre e lembre-se de ser paciente porque nada vem fácil e o que vem, vai embora fácil também. Outra coisa importante... Não se sinta mal ou achando que fracassou em algum momento da sua vida por algo não ter dado certo, não se martirize, não se julgue porque nada acontece por acaso, se deu errado não quer dizer que a culpa é sua ou de alguém, é porque não era pra ser do jeito que você desejaria que fosse e infelizmente isso te causa uma sensação de fracasso que não é pra ser levada em consideração. Pense apenas nas coisas boas que já te aconteceram e o quanto você já acertou, mesmo depois de ter errado. A vida é assim, têm seus altos e baixos, erros e acertos, tristezas e alegrias... Enfim, sempre terá o bom e o ruim, sempre estarão juntos porque um precisa do outro para que haja equilíbrio.


Juliana Viana

Até que a vida os separe - livro de Mônica de Castro, ditado por Leonel

As trocas de energias falam mais do que as palavras no trato entre as pessoas, criando os laços de simpatia ou rejeição, influenciando nossas escolhas de relacionamento. Interferem também nesse processo nossas afinidades, os valores psicológicos e culturais, os preconceitos, os interesses.
No dia-a-dia, você seleciona as amizades e pode controlar bem as diferenças, mas o que dizer das relações familiares, quando a Vida coloca em seu caminho pessoas com as quais vai ter de relacionar-se por toda a vida ?
O que fazer quando você ama um filho e rejeita outro, mergulhando na culpa sem encontrar explicações para seus sentimentos ?
A causa vai além da simples troca de energias do cotidiano e está oculta em problemas mal resolvidos de outras vidas que voltam em busca de solução.
Por mais que tente, não conseguirá afastar essa pessoa de seu convívio. Ela estará por perto até a solução. Ou, se preferir: ATÉ QUE A VIDA OS SEPARE.

Por Zibia Gasparetto.

Tudo tem seu preço - livro de Zibia Gasparetto, ditado por Lucius

O progresso do mundo moderno nos oferece facilidade de conforto e prazer, de luxo e beleza, motivando-nos à conquista do sucesso.
A Natureza é riqueza e sabedoria em abundância, mostrando-nos que Deus nos criou para usufruirmos de todas as boas coisas da vida.
Contudo, todo progresso só é positivo quando inclui em suas metas o sucesso do seu meio social. Infelizes daqueles que, na ânsia de prosperar, atropelam os direitos dos outros, violando a Lei da Integridade Universal, achando que cortam o caminho.
Perceberão que o egoísmo e a ganância não são funcionais para se manter o fluxo da abundância divina a seu favor, pois a Natureza responderá com violência corretiva ensinando-os que só o verdadeiro bem é capaz de proporcionar a prosperidade completa.
O caminho da verdadeira vitória é sempre árduo e cheio de surpresas desafiadoras que determinarão o desenvolvimento de nossos potenciais inatos, garantindo a evolução do nosso espírito eterno.
A cada novo minuto você tem a liberdade e a responsabilidade de escolher para onde quer seguir, mas é bom lembrar que TUDO NA VIDA TEM SEU PREÇO.

Por Luiz Gasparetto.

O preço de ser diferente - livro de Mônica de Castro, ditado por Leonel

Quando a sociedade estabaleceu um modelo de normalidade, criou uma guerra antropológica com a natureza humana.
A diversidade natural é real e em torno dela age a funcionalidade da ecologia, que trabalha em favor do progresso de todos.
Cada um de nós é único, com um temperamento original relativo às necessidades essenciais do progresso pessoal e coletivo.
Quem resolve seguir o modelo se ilude bloqueando a expressão de sua alma, criando insegurança, doença, desilusão e sofrimento.
Os iludidos dão mais importância às aparências do que à verdade, que prioriza os valores eternos do espírito.
Servos do mundo, sofrem o mundo.
Em razão disso, quem assume sua verdade e age de acordo com os valores da Vida, mesmo enfrentando o preconceito e pagando O PREÇO DE SER DIFERENTE, passa credibilidade, obtém respeito e se realiza.
Porém os escravos do preconceito estão se candidatando no futuro a experimentar as mesmas experiências que criticaram, a fim de aprender a conviver com as diferenças.
FRATERNIDADE é o resultado da capacidade de apreciar as diferenças.

Por Luiz Gasparetto.